Entrevistamos os autores de Penadinho – Vida

O processo de trabalho a princípio é o mesmo que usamos no Quadrinhos A2, basicamente o Paulo escreve o roteiro e faz os layouts, eu desenho os esboços e faço a arte-final, em teoria é assim mas na prática é sempre um pouco de nós dois em todo o processo. A grande mudança foi a participação do Sidney Gusman, ele foi um grande parceiro, ao mesmo tempo que nos deu uma enorme liberdade criativa, também deu sugestões pontuais para melhorar o que já tínhamos. Outra mudança foi ver o Paulo colorindo meus desenhos, pois ele já tem um bom tempo colorindo a HQ dele, “Gnut”, mas deu um passo além para colorir o Penadinho. Também criei uma fonte para minha letra, até então no Quadrinhos A2 os balões e letreiramento sempre tinham sidos feitos direto nas páginas no papel.

2 – Como foi para vocês receber o convite para reinventar personagens tão conhecidos?

Foi incrível, ainda mais no contexto em que o convite foi feito, na entrega do prêmio HQ Mix quando ganhamos de melhor Quadrinho Independente de Autor em 2013, foi uma emoção atrás de outra. Houve, claro, uma pequena apreensão por serem personagens tão queridos de muitas pessoas, expectativas de fãs por todo o Brasil. Com essa responsabilidade e junto com a excitação de poder colocar os personagens dentro de um universo criado por nós, começamos a trabalhar. Agora é aguardar o livro chegar na mão de cada leitor e dividir com todos essa história.

3 – Vocês podem dar algum spoiler sobre as inspirações do roteiro ou referências utilizadas? Hum… as inspirações são diversas, filmes, músicas, livros, pessoas, lugares, um pouco de tudo que consumimos misturado a nossa visão sobre os personagens e o ambiente em que eles interagem. Spoiler?

Acho que o mais próximo disso é dizer que quem já leu algum livro do Quadrinhos A2 e conhece um pouco do nosso trabalho, vai se sentir em casa com a Graphic.

4 – Muito obrigada pela mini-entrevista. Vi que vocês ficaram super ligados acompanhando as reações das mil e tantas pessoas do evento no facebook, além da repercussão nas outras mídias (twitter e instagram), como é sentir a recepção deste público que muitas vezes não conhece os outros trabalhos de vocês?

Tinhamos que acompanhar e estar junto em cada um desses momentos únicos que uma Graphic proporciona. É demais, tanto para o artísta como para o leitor essa proximidade é essencial, e na verdade não há porque não ser assim. Já falei da apreensão, né? De minha parte fiquei um pouco aliviada pela recepção ter sido tão positiva. Não consegui ver todas as reações, pois o Sidney é muilti-social, rs, ele consegue interagir com tanta gente e eu mal conseguia acompanhar só no facebook. Fiquei feliz que num primeiro contato, tenha agradado tanto. Agora é esperar um pouquinho mais para que o livro chegue no máximo de mãos possíveis e cruzar os dedos para que a recepção seja tão positiva quanto esse primeiro contato com as prévias. Muito obrigada pela oportunidade com a mini-entrevista e até o lançamento.

Confira o Preview e junte-se a nós nesta espera (ai, que ansiedade)